Projetos

Em andamento:

Marcas corporais, marcas linguísticas: intersecções metadiscursivas entre línguas e corpos no Brasil

Nesta pesquisa, pretendo discutir as articulações entre as diferenciações dos corpos e os regimes metadiscursivos sobre as línguas. Para pôr em questão a forma como marcadores do corpo e os regimes metadiscursivos sobre línguas estão unidos e relacionados um com o outro e como essa relação se articula com acesso a direitos linguísticos no Brasil, proponho articular estudos feministas sobre corpo e estudos sobre metapragmática e regimes metadiscursivos. O corpo é socialmente construído, e não existe senão enquanto inventado para seu controle e sua potencialidade. Tal invenção tem efeitos reais sobre as pessoas que agem na vida corporificada, e marcadores de vários regimes discursivos se articulam na sua construção em um cruzamento de um tempo e espaço específicos. Os estudos de metapragmática e de regimes metadiscursivos compreendem uma série de questões sobre as maneiras como os recursos linguísticos (expressões idiomáticas, códigos, variantes, dialetos, gêneros, estilos, modalidades, habilidades comunicativas, etc) são avaliados e gerenciados como estratégias para regular e manipular os domínios sociais de interação social. Os recursos linguísticos são, assim, parte da historicidade dos corpos, seu passado, presente e futuro colonial, nacional, racial, de gênero, sexualizado, integrando, rearticulando e criando interligações com os diversos sistemas de diferenciações dos corpos, produzindo diferenças e desigualdades. Estudos diversificados apontam os contextos de mobilidade (migratórios) nacional e transnacional como favoráveis para a investigação desse funcionamento das articulações das marcas linguísticas e corporais. Assim, para entender esse funcionamento no contexto brasileiro, minha pergunta de pesquisa principal é uma pergunta dupla: como os marcadores utilizados nas diferenciações de corpos aplicam-se a regimes metadiscursivos e metapragmáticos (concepções de línguas e de práticas linguísticas) referentes a contextos de imigração (nacional ou transnacional). 

Equipe: Joana Plaza Pinto - Coordenador / Paula de Almeida Silva - Integrante / Michel Soares do Carmo - Integrante / Daniella do Amaral - Integrante / Mariana Ferreira da Silva - Integrante / Ludmila Pereira de Almeida - Integrante / Thaís Elizabeth Pereira Batista - Integrante / Vinicius Vargas Vieira dos Santos - Integrante / Charlene Meneses de Paula - Integrante / Sérgio Gomes de Miranda - Integrante / Ana Luiza Kruger Dias - Integrante.

 

Linguística Aplicada Crítica: Estudos sobre Ensino e Formação de Professoras/es de Língua Estrangeira

Este projeto, que terá a duração de cinco anos, objetiva dar continuidade aos estudos sobre ensino e formação de professoras/es de língua estrangeira que tenho realizado desde 2005 na área da Linguística Aplicada Crítica. Trata-se de uma pesquisa-ação de segunda ordem, já que os estudos de primeira ordem de minhas/meus orientandas/os de graduação, mestrado e doutorado serão objetos de análise. Este estudo insere-se no campo da pesquisa qualitativa, entendida como geradora de conhecimento pragmaticamente útil. São três os objetivos a cumprir: a) analisar processos de formação crítica de professores/as de línguas estrangeiras em contextos micro e macro, b) examinar processos de ensino crítico de língua estrangeira em contextos micro e macro e c) confrontar os resultados de estudos sobre ensino e formação de professoras/es de língua estrangeira, que se inserem na perspectiva crítica, de modo a compreender suas possibilidades e seus desafios em contextos diversos. Os procedimentos de pesquisa utilizados serão primariamente documentos materializados como trabalhos de final de curso, dissertações e teses. Esperamos compreender melhor os processos, as possibilidades e os desafios do ensino e da formação de professoras/es de língua estrangeira na perspectiva crítica, descritos nos estudos, e sistematizar seus resultados, com o intuito de melhor informar essas duas áreas da Linguística Aplicada Crítica. 

Coordenadora: Profa. Dra. Rosane Rocha Pessoa

 

A porosidade das fronteiras culturais: a dialogia nas produções interculturais

O projeto propõe analisar textos teórico-metodológicos de ensino de língua estrangeira como também textos literários levando em consideração a mundialização da cultura e as múltiplas vozes que surgem na quebra das fronteiras entre o local e o global. A análise usa como princípio teórico a definição hermenêutica gadameriana de dialogia.. 

Equipe: Dilys Karen Rees - Coordenador / Helen Betane Ferreira Pereira - Integrante / Aline Gomes da Silva - Integrante / Layssa Gabriela Almeida e Silva - Integrante / Raquel Araújo Mendes de Carvalho - Integrante.

Encerrado:

Múltiplas vozes: língua e linguagem em contextos sociolinguisticamente complexos (2ª Etapa)

O projeto Múltiplas Vozes focaliza contextos sociolinguisticamente complexos a partir de uma perspectiva contemporânea em que a relação língua-indivíduo-sociedade assume novos contornos em razão da abertura de mercados globalizados transnacionais, do deslocamento de línguas por outras de maior prestígio local, inter e transnacional, da mercadização e consumismo de determinadas línguas em detrimento de outras, da criação de novos tipos textuais e novas variedades linguísticas resultantes das recentes tecnologias de comunicação, da diversificação dos espaços educativos presentes nas sociedades atuais, entre outras configurações linguísticas. Em andamento desde 2006, o projeto foi redimensionado em 2009 de modo a ampliar seu escopo e, assim, abarcar essas novas configurações. Entre os objetivos propostos para essa nova fase, o projeto visa, nos termos do paradigma qualitativo, (i) focalizar contextos interculturais e sociolinguisticamente complexos tais como minorias linguísticas urbanas, rurais, bilinguismo de elite, entre outros; (ii) estudar as múltiplas vozes na escola sobre ensinar e aprender em termos de significados culturais e de práticas identitárias; (iii) focalizar as produções linguísticas em contextos multilíngues e sua relação com identidades em processos coloniais e pós-coloniais.
Vinculado ao Grupo de Pesquisa Perspectivas lingüísticas contemporâneas sobre identidade, subjetividade e conhecimento (CNPq), o projeto reúne pesquisadores das linhas de pesquisa Linguagem, sociedade e cultura (L.P.5) e Ensino e aprendizagem de línguas (L.P.6) do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Faculdade de Letras da UFG.
 

Equipe:  Dilys Karen Rees
Heloísa Augusta Brito de Mello (coordenadora)
Joana Plaza Pinto
Rosane Rocha Pessoa
Estudantes da graduação e pós-graduação

 

URL relacionada: /p/3013-projetos